quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Liberdade no Parto.

Como é que uma parturiente se comporta quando segue seus instintos e a lógica fisiológica de seu corpo? 
No verdadeiro parto normal, a mulher está literalmente ativa, assumindo e mudando de posições conforme seu corpo pede. Este é o parto mais antigo do mundo, praticado há séculos nas mais variadas culturas.
Espontaneamente, a posição mais adotada na hora da expulsão é uma posição vertical (de cócoras, de quatro etc.). É a posição que mais facilita a descida do bebê e que faz mais sentido do ponto de vista anatômico e fisiológico. 
O uso da água durante o trabalho de parto e parto também ajuda muito, especialmente no alívio da dor. Por isto, em vez de falar em “tipos” de parto (deitada, sentada, de cócoras, na água etc) como se fossem equivalentes e a posição um mero detalhe, preferimos insistir na filosofia por trás do parto humanizado (assim como nós o entendemos). Trata-se do parto onde a mulher é livre para fazer e agir conforme suas necessidades, deixando de ser uma paciente passiva, objeto de conduta médica.
As evidências científicas também apontam para o fato de que o parto ativo (em que a mulher vai se movimentando e assumindo as posições que o corpo pede), é mais seguro, rápido e menos doloroso do que aquele passivo em que a mulher fica deitada a maior parte do tempo....este último é o que conhecemos como sendo parto normal no Brasil!
É importante que se compreenda que as intervenções médicas que associamos ao parto como: episiotomia (corte no períneo), uso do fórceps, anestesia peridural, indução e cesariana, feitas rotineiramente aqui no Brasil, indo contra as recomendações da OMS (por sua vez, baseadas nas mais recentes evidências científicas), são em grande parte necessárias justamente pela falta de mobilidade e liberdade da mulher na hora do parto.







Fonte: Amigas do Parto
Essa é uma lista bem humorada de perguntas a se fazer ao seu obstetra. Na verdade é um teste para verificar que tipo de médico ele é: do mais intervencionista ao mais liberal. Apesar do tom informal, as "respostas certas" foram inspiradas nas evidências científicas e nas recomendações da Organização Mundial da Saúde.

1) Qual a sua postura em relação à "cesárea x parto normal"?
a) O parto normal é o melhor, mas só dá para saber na hora.
b) Hoje em dia não faz sentido ter bebê por parto normal, com as técnicas de cirurgia tão avançadas e seguras. A recuperação é rápida e graças aos novos antibióticos, antinflamatórios, antitérmicos e analgésicos, você pode ter uma vida quase normal em menos de 2 meses.
c) O parto normal é melhor, mas na sua idade (ou com o seu peso, ou nessa época do ano, ou para uma pessoa sensível como você) a cesárea é mais garantida.
d) O parto normal é melhor e pelo menos 90% das mulheres podem dar à luz naturalmente. Você também tem tudo para ter um parto normal e nós vamos nos preparar para isso!

2) Quais intervenções no parto você considera essenciais?

a) O que eu uso nos partos é o soro com ocitocina (hormônio) para acelerar as contrações, episiotomia (corte no períneo) e rompimento da bolsa aos 5 cm de dilatação. Mas às vezes tenho outras idéias durante o parto. Depende do dia e dos meus compromissos.
b) Eu uso as intervenções apenas em raros casos, até porque a maioria delas podem ter efeitos colaterais indesejáveis. A natureza pensou em tudo, para a grande maioria das mulheres.
c) Só a anestesia, porque acho que a mulher não deve sentir dor. O resto varia de mulher para mulher.
d) Só a episiotomia, porque o parto pode destruir a vagina da mulher e provocar incontinência urinária.

3) Em que posição posso dar à luz? Posso ter um parto de cócoras?
a) Ra ra ra ra.... Parto de cócoras? Você não é índia, é? A mulher de hoje não tem musculatura para ficar de cócoras. Você quer ser partida ao meio, minha filha?
b) Semi-reclinada, pois no centro obstétrico da maternidade onde atendo, tem uma mesa de parto que permite que a paciente eleve um pouco as costas.
c) Da forma que você se sentir mais confortável, podendo ser de cócoras, de quatro, de lado ou de outro jeito que você inventar. A única posição que eu procuro não incentivar é deitada, porque o bebê pode ter o suprimento de oxigênio comprometido.
d) Como assim? Existe outra posição para dar à luz que não seja deitada?

4) Qual será sua postura caso eu recuse alguns procedimentos que você esteja recomendando?
a) O parto é seu. Você decide o que é melhor. Se eu indicar um procedimento, vou te explicar porque, vantagens e desvantagens, mas quem tem que resolver é você.
b) Eu não recomendo procedimentos. Eu faço. Na hora do parto você não tem condições de discutir o que é bom para você. Aliás, desde o início da gravidez a mulher tem o comportamento alterado, bem como a capacidade de discernimento.
c) Eu terei que abandonar o atendimento e chamar um plantonista, pois não quero me responsabilizar pelas desgraças que podem acontecer ao seu bebê.
d) Você não tem o direito de recusar um procedimento que está sendo prescrito para o bem do seu bebê.

5) Até quanto tempo você espera na gestação, antes de indicar procedimentos por "passar da data"?
a) Eu espero até 40 semanas. Depois disso faço a cesárea. Nem tento a indução, porque é tempo perdido. Ou você prefere arriscar a vida do seu filho e viver com esse peso pro resto dos seus dias?
b) A gestação normal vai de 38 a 42 semanas. O que eu proponho é um cuidado mais intenso depois que passa de 41 semanas. Mas a princípio, enquanto o bebê e a placenta estiverem bem, eu não faço nada. Passadas 42 semanas, podemos começar a pensar em indução do parto.
c) Eu espero até 40 semanas. Depois disso interno para induzir com soro.
d) Eu espero até 41 semanas e depois interno para induzir com citotec.

6) Você tem o hábito de pedir permissão e informar tudo o que você acha necessário fazer durante a gestação e o parto?

a) Como assim, pedir permissão? Eu estudei 10 anos, trabalho há 15 anos com partos e sei o que estou fazendo. Se for pedir permissão para fazer tudo, vou passar o dia nessa lenga-lenga com minhas pacientes.
b) Só peço permissão quando acho que o procedimento vai doer.
c) Não faço nem um exame vaginal sem pedir permissão, pois o corpo é seu, o parto é seu. Meu dever é fazer o melhor, desde que você me permita e entenda o que está acontecendo.
d) Depende do dia, pois às vezes depois de 2 plantões seguidos, eu fico meio impaciente.

7) Qual é a sua taxa de cesáreas?

a) Não sei, não tenho contado ultimamente... Se é alto? Não considero alto, porque hoje em dia as mulheres só querem cesárea. A culpa não é minha. Elas já chegam com uma idéia pré-concebida.
b) Minha taxa de cesárea é baixa, cerca de 40-45%...
c) A taxa é de 20%.. De partos normais..
d) Minha taxa de cesárea está perto de 25%, o que ainda considero alta, mas estou tomando algumas providências para tentar baixar para os 15% recomendados pela Organização Mundial da Saúde

8) Posso levar meu marido e uma acompanhante (doula) para o meu parto?
a) Por mim você pode levar qualquer pessoa que faça você se sentir segura e tranqüila.
b) Porque? Você vai dar uma festinha no centro obstétrico? Quer ver seu marido desmaiando? Eu acho que um acompanhante já é muito.
c) Pode levar só o marido, mas só depois que ele fizer a preparação comigo, porque eu quero um aliado, não um inimigo me vigiando.
d) Não, eu acho que acompanhantes atrapalham, perturbam o ambiente, fazem muita pergunta, deixam a mulher insegura, ficam questionando o médico. Eu não atendo a família, eu atendo a gestante!

9) Você acha possível um parto normal depois de uma cesárea?
a) Você está louca? Quem andou falando uma bobagem dessas para você? Deixa disso, minha filha, isso é coisa de natureba inconseqüente.
b) É possível, mas tem que usar fórceps para não ter um período expulsivo prolongado.
c) É possível se o trabalho de parto não passar de 4 horas.
d) É possível e é uma ótima opção, com grandes chances de dar certo.

10) Você acha que tendo uma gestação de baixo risco posso ter meu bebê em casa?
a) Sim, o local do parto deve ser escolhido por você e seu marido. Se essa f or sua opção, devemos tomar algumas precauções, como ter um hospital relativamente perto para o caso de precisarmos de remoção. Mas geralmente não há necessidade.
b) Sim, mas eu não atendo partos domiciliares. Posso tentar te indicar um médico que faça.
c) Você enlouqueceu? Quer matar seu bebê? Quer se matar? Já pensou como é agradável sangrar até a morte com sua família te olhando sem ter o que fazer?
d) Sim, mas é muito arriscado. Muito mesmo. Você está com idéias muito românticas sobre o parto. Deveria fincar os pés no chão.

11) Devo fazer um curso de preparação para o parto?

a) É bom, não porque você não sabe o que é certo, mas o curso vai te dar dicas preciosas, vai te dar boas sugestões para um parto agradável, vai te dar dicas de amamentação. No mais, você vai entrar em contato com outras gestantes, o que pode ser uma experiência bastante enriquecedora.
b) Bobagem. Na hora eu te digo o que é certo ou errado. Eu estudei 10 anos, pratiquei mais 15 e te garanto que sei fazer um parto. É só você ficar deitada quietinha que tudo vai dar certo.
c) Faça apenas o curso do hospital, para saber onde é a entrada, como são as rotinas do hospital, como se comportar e o que esperar.
d) Tanto faz. Você também pode ler essas revistas para mãezinhas que tem todas as dicas que você precisa de enxoval, decoração, exames médicos e tal.

12) Quantos exames de ultrassom eu devo fazer ao longo da gestação?
a) O ideal é fazer em todas as consultas e por isso eu já tenho um aparelho aqui no consultório. A gente já vai vendo a carinha do bebê, como ele se mexe, todas as partes do corpo e tudo o mais.
b) Você deve fazer pelo menos 4 para ver se o crescimento do bebê está bom.
c) Eu recomendo fazer o menor número possível de exames, pois ainda não foi totalmente provado que o ultrassom é inóquo. Algumas pesquisas apontam para uma posssível alteraçao no cérebro em bebês que passam por muitos exames na gestação. Só vou pedir esses exames se tivermos que confirmar algum diagnóstico.
d) O máximo que o seu plano de saúde permitir antes de vir aqui me atazanar a paciência.


Resultados - some os pontos:
1- a(2) / b(1) / c(2) / d(3)
2- a(1) / b(3) / c(2) / d(2)
3- a(1) / b(2) / c(3) / d(1)
4- a(3) / b(1) / c(2) / d(1)
5- a(1) / b(4) / c(2) / d(3)
6- a(1) / b(2) / c(3) / d(1)
7- a(1) / b(2) / c(1) / d(3)
8- a(3) / b(1) / c(2) / d(1)
9- a(1) / b(2) / c(2) / d(3)
10- a(3) / b(2) / c(1) / d(2)
11- a(3) / b(1) / c(2) / d(1)
12- a(1) / b(2) / c(3) / d(1)

Se seu médico fez entre 12 e 20 pontos: Fuja, saia correndo, ligue dizendo que você não está grávida, era um engano, foi apenas má digestão. Você tem certeza que ele tem um diploma válido em território nacional? Ter um parto com esse médico e sair ilesa é tão garantido quanto acertar na Megasena, sem ter comprado um bilhete.

Se seu médico fez entre 21 e 30 pontos:
É melhor você trocar de médico e procurar alguém mais antenado com as novas tendências em atendimento obstétrico. Seu médico pode até ser bem intencionado, mas definitivamente é mal informado. Pode ser que dê um bom ginecologista, mas como parteiro deixa muito a desejar!

Se seu médico fez entre 31 e 37 pontos:
O cara é fera, conhece e aplica as recomendações da Organização da Saúde e as evidências científicas. Aparentemente evita procedimentos médicos que podem atrapalhar o trabalho de parto. É respeitoso e honesto. Parece um cara do bem, um bom partido. Me arruma o telefone dele?




Teste e me diga se funcionou! Beijos!

VBAC

Dor no parto.

O medo da dor no parto é um dos principais motivos que levam as grávidas a optar pela cesárea aqui no Brasil. Pudera, quem é que não fica apavorada quando vê aquelas mulheres descabeladas, suadas e à beira de um colapso para dar à luz em filmes? Se você queria um parto hollywoodiano, vai se decepcionar. Já faz um tempo que as mulheres não são mais obrigadas a sentirem dor no parto, graças às técnicas avançadas de analgesia (no parto normal) e anestesia (na cesárea). Isso não significa que não vai doer nada. Vai, sim! Se você optar por um parto natural, por exemplo, em que não se recorre a nenhuma intervenção médica de alívio da dor, a intensidade será maior ainda. Ainda assim, quem tem preparo psicológico e está informada do que virá pela frente, consegue enfrentar numa boa. A grande vilã aqui é a ansiedade, seja no parto normal, natural ou na cesariana. Respire fundo, acalme-se e veja o que te espera nos dois tipos de parto.


Parto normal
Um trabalho de parto pode demorar horas a fio, e fique tranquila: a dor não estará presente durante todo esse tempo. Ela será mais e menos forte dependendo do estágio. E para alívio geral da nação, os médicos costumam fazer a analgesia justamente na hora que ela está mais intensa, já no estágio final. O trabalho de parto é dividido em 3 etapas. Em cada uma delas, a dor é de um jeito.
A primeira etapa é o início do trabalho de parto, quando a dilatação vaginal está com um tamanho entre 2 a 3 centímetros e as contrações acontecem duas vezes a cada 10 minutos. E entenda-se contração como dor. Elas começam devagar, ficam fortes e desaparecem. É uma dor suportável, que se assemelha a uma cólica muito forte.
Nada de pânico! Conforme a dilatação vai progredindo, as contrações vão ficando mais frequentes, 4 a cada 10 minutos. Essa já é a segunda etapa. Nessa fase, as dores podem incomodar. “É uma dor que começa na barriga e se irradia para a coluna.
Nesta fase, geralmente, fazemos a analgesia”, explica o ginecologista e obstetra Flavio Garcia de Oliveira, pai de Gabriel, Manoela, Pedro, Lucas e Maria Fernanda. Diferente da anestesia, que deixa a pessoa sem movimentos, a analgesia feita no parto normal é um anestésico injetado na espinha. Não existe uma hora certa para se aplicar na mulher, depende do limiar de dor de cada um.
Por isso, respire aliviada. Só não vale dizer que a dor está insuportável no primeiro minuto do primeiro tempo. Quanto mais conseguir segurar, melhor. Quando a dilatação vaginal vai para 10cm, falta pouco para o bebê passar pelo canal de parto e começar a coroar (quando a cabecinha enfim surge lá embaixo). Terceira etapa! É o momento em que a mulher tem de fazer força para expulsar o bebê. Segundo Dr. Flávio, em muitos casos a mãe esquece completamente da dor, por estar fazendo força para parir a criança. “A maioria das mulheres nem sentiriam a episiotomia”, explica. Enfim, o bebê nasce! Você vai sentir uma cólica, pois o útero ainda está se contraindo para expelir os tecidos formados na gestação. Às vezes, quando a mulher amamenta, a dor pode ser maior ainda, normal. Para fazer a episiotomia (incisão feita na região do períneo (entre a vagina e o ânus) para ampliar o canal de parto), o médico aplica um anestésico local. Quando o efeito passa, existe o incômodo dos pontos, como em qualquer outra cirurgia. Pode doer um pouco pra sentar, fazer xixi, mas provavelmente seu médico vai receitar analgésicos que aliviam até a recuperação total, que costuma acontecer depois de uns 3 ou 4 dias. A cólica uterina pode durar mais um pouco, até uma semana, principalmente quando a mãe amamenta, quando ocorre a liberação da ocitocina.
Parto cesariana
Bem, se no parto normal a mulher tem de lidar com a dor “durante”, aqui a batata quente vem depois. Se você não estava em trabalho de parto – ou seja, marcou a cirurgia para uma data específica – não sentirá dor nenhuma para dar à luz, já que estará sob efeito da anestesia, que pode ser geral (neste caso, a mulher dorme durante a cirurgia) ou regional (peridural ou raquidiana, que são mais indicadas: bloqueiam a dor da cintura pra baixo e mantem a mulher acordada). “O anestésico local combinado com o uso de morfina garante que a mulher não sinta dor por 24 horas”, explica Carlos Eduardo da Costa Martins, pai de Isabela e Bruno, diretor da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo. Depois desse período, a dor e o desconforto da recuperação pós-parto é feita com medicações prescritas pelo obstetra. O corte pode incomodar, claro. Afinal, é uma cirurgia. Mulheres que vivenciaram a recuperação pós-parto de uma cesárea relatam que os pontos podem limitar os movimentos nos primeiros dias, quando o bebê requer cuidados intensos a toda hora. A boa notícia é que a técnica cirúrgica de uma cesariana evoluiu muito. Hoje em dia, já existem cirurgias minimamente invasivas, que não são tão impactantes para a mulher e para o bebê. Já ouvimos casos de mulheres que se impressionaram com o pós-parto de uma cesárea, muito mais tranquilo do que imaginavam. Mas a não ser que a cesárea seja uma indicação médica, quando há risco de vida para a mãe e/ou para o bebê, não há por que a mulher se submeter a essa cirurgia.

Cuidade depois da cesárea.

A cirurgia demora ao todo cerca de 40 a 50 minutos, até o bebê nascer e os pontos serem costurados. A mãe é encaminhada a uma sala de recuperação, onde fica por duas ou três horas até voltar da anestesia. Depois, volta para o quarto e oito horas depois é retirada a sonda da bexiga, e ela já é estimulada a se movimentar aos poucos e caminhar, para aliviar o inchaço do corpo.

O que acontece na maternidade.

No parto normal
O momento de ir para o hospital é quando a mulher entra em trabalho de parto, ou seja, quando começa a sentir contrações rítmicas em intervalos de mais ou menos cinco minutos, ou quando ocorre vazamento de líquido, que é sinal da ruptura da bolsa. É hora de ligar pro seu médico e ir para o hospital. Logo que dá entrada no pronto-socorro, você será encaminhada para uma enfermeira-obstetriz, que faz os primeiros exames. Ela escuta os batimentos cardíacos do bebê, mede as contrações e checa a dilatação uterina. A média de dilatação é de um centímetro a cada hora.
Se o obstetra que vai fazer o parto já estiver lá, é ele mesmo quem faz esses exames e já acompanha sua paciente. Depois, fará um exame para checar os sinais vitais do bebê, chamado cardiotocografia, que monitoriza as contrações e os batimentos fetais por 20 minutos. Esse exame é feito também na cesariana marcada, pois as contrações servem para ver como está a movimentação e avaliar o “comportamento” do bebê.
A mulher é então encaminhada para a sala de pré-parto, onde fica sendo monitorada. Esse período pode durar até 24 horas, depende da mulher. “Tem mulheres que ficam lá apenas duas horas e o bebê já nasce!”, diz a Dra Cecília. Mas a média, segundo ela, é de 10 horas. Na sala de pré-parto, a mãe é o tempo todo monitorada. A cada duas horas se mede a dilatação, e conforme ela vai evoluindo, esse intervalo vai diminuindo para uma hora, meia hora e assim por diante.
O ideal para aplicar a analgesia é com 5 a 6 centímetros de dilatação, quando a cabecinha do bebê já está visível (coroamento). Mas a mulher pode solicitar a injeção, caso esteja sentindo muita dor. Ela é então encaminhada para a sala de parto. A partir do momento que ocorre o coroamento, o parto acontece rápido. Depois que o bebê nasce, a mãe fica por mais uma meia hora na sala de parto enquanto seu pequeno será avaliado pelo pediatra.
Se ambos estiverem bem, a mãe pode amamentar o filho em seguida. Especialistas defendem que a amamentação seguida do nascimento é saudável para a mãe e para o bebê, pois ajuda no aprendizado do aleitamento, na criação de um vínculo entre os dois e reduz as chances de hipoglicemia do recém-nascido e de hemorragia uterina no pós parto.

Na cesariana
Pra quem já está com a cesariana marcada, o procedimento é mais simples. A gestante é internada na data marcada para a cirurgia, cerca de uma hora e meia antes, e em jejum de alimentos e bebidas por oito horas. São feitos alguns exames: checagem dos sinais vitais da mulher (pressão, temperatura), batimentos cardíacos fetais e contrações. As contrações, nesse caso, são monitoradas para saber como está o comportamento do bebê. Depois, é feito um histórico de antecedentes cirúrgicos e alérgicos, e, logo depois, ela é encaminhada para a sala de cirurgia.
Lá é feita a tricotomia, (retirada dos pêlos da região da cicatriz) e a mulher, então, receberá então a anestesia da cintura para baixo, que faz efeito em 5 minutos e dura cerca de 2 horas. O pai só entra na sala de cirurgia quando a paciente já estiver anestesiada.
A cirurgia cesariana demora ao todo cerca de 40 a 50 minutos. O bebê, após a avaliação do pediatra, também já vai para o colo da mãe e é amamentado. A mãe é encaminhada para uma sala de recuperação até voltar da anestesia, onde fica por uma a duas horas, aproximadamente, para ser avaliada a contração do útero no pós-parto para prevenção de hemorragias.
A mãe volta para o quarto, e oito horas depois é retirada a sonda da bexiga e ela já é estimulada a andar, se movimentar aos poucos. Ela e o bebê ficam internados por mais três dias, e é ministrado um analgésico para aliviar a dor do pós-operatório.
Na volta para casa, a mãe já pode retomar as atividades normais. Claro que deve pegar leve! Nada de esforço ou carregar peso. Os pontos são removidos cerca de dez dias depois.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Acidentes: como agir?

Traumatismo dentário

Durante a infância é comum que as crianças, que levam milhares de tombos aprendendo a andar, correndo, brincando e andando de bicicleta, acabem batendo os dentes. Por isso, os pais devem saber como proceder no caso de um acidente para conseguir “salvar” o dente ou, pelo menos, diminuir o estrago.

No caso de pancadas, pode haver a fratura de uma parte ou a perda total do dente. A Dra. Silvia Chedid, consultora em Odontopediatria da ABO (Associação Brasileira de Odontologia), alerta para a importância de procurar um especialista o mais rápido possível nesses casos de emergência. “Nestas situações, os pais SEMPRE são orientados a procurar um dentista”.

O traumatismo pode afetar o dente de leite, ocasionando o seu amolecimento e comprometendo a dentição permanente. Em muitos casos, o dano é muito maior do que aparenta, por isso, um profissional deve avaliar a lesão através de radiografias. O dente pode começar a escurecer só dois ou três dias depois do acidente, o que é um indício da perda da vitalidade do dente.
A consultora ensina que se houve fratura ou perda total do dente, os pais devem tentar conservá-lo em leite, soro fisiológico ou, se a criança for mais madura, conservá-lo sob a língua até chegar ao dentista, que tomará as providencias. Neste último caso, a criança deve ser bem orientada a tomar o cuidado de não engolir o dente ou o fragmento.


http://guiadobebe.uol.com.br/dentes/traumatismo_dentario.htm

Cuidado com os dentinhos.

Além das indiscutíveis propriedades físicas, nutricionais e psicológicas do leite materno, a amamentação é importante para a saúde bucal do bebê. Mamando no peito, o bebê respira pelo nariz e é obrigado a morder, avançar e retrair a mandíbula. Isso propicia o correto desenvolvimento muscular e esquelético da face, possibilitando a obtenção de uma boa oclusão dentária.
Os cuidados com a higiene bucal devem começar a partir do nascimento do bebê. No recém-nascido, a limpeza deve ser feita com uma gaze ou fralda umedecida em água limpa para remover os resíduos de leite.

Com o nascimento dos primeiros dentes (por volta dos 6 meses), a fralda deve ser substituída por uma dedeira. Aos 18 meses, com o nascimento dos primeiros molares decíduos, a higiene deverá ser realizada com uma escova dental infantil sem creme dental ou com um creme dental sem flúor. O creme dental fluoretado só deverá ser utilizado a partir dos 2 ou 3 anos de idade, quando a criança souber cuspir completamente o seu excesso.
A cárie é uma doença transmissível. O Streptococcus mutans, bactéria causadora da cárie, pode ser transmitido da mãe para o filho pelo contato direto. Por isso, não se deve soprar a comida do bebê nem experimentá-la com o talher dele, pois é possível transmitir a ele essas bactérias.

A primeira visita ao dentista deve ser feita ainda na gestação. O ideal é que a mãe faça uma consulta para receber as orientações necessárias para manter a correta saúde bucal do seu filho. Independentemente da consulta da gestação ter sido realizada, a primeira consulta do bebê deve ser por volta dos 6 meses, coincidindo com o nascimento do primeiro dente decíduo. Preferencialmente, a consulta deve ser realizada com o odontopediatra, pois é ele o profissional habilitado a fazer esse primeiro atendimento.
A cárie de mamadeira é uma cárie de desenvolvimento rápido (aguda), que provoca dor e dificuldade de alimentação, determinando perda de peso e de estatura. É provocada pela ingestão de líquidos açucarados na mamadeira, principalmente durante a noite, sem que seja feita a higiene bucal posterior.
Quando for trocar a mamadeira pelo copo, e houver preocupação de o bebê não tomar mais leite a mãe deve ter alguns cuidados.Todo processo de remoção de hábitos deve ser lento e gradativo. Antes de remover a mamadeira, é necessário ter certeza de que seu filho sabe e gosta de tomar líquidos no copo. Para isso, primeiramente substitua apenas uma mamadeira pelo copo (geralmente, inicia-se pela mamadeira da tarde).

Quando perceber que seu filho está tomando todos os 250 ml anteriormente oferecidos na madeira, no copo, substitua a mamadeira da manhã. No momento em que ele estiver ingerindo 500 ml de leite por dia no copo, a mamadeira da noite deverá ser substituída. Esse processo pode durar de 2 a 6 meses, dependendo da criança, por isso, o ideal é que ele seja iniciado um pouco antes dos 2 anos de idade. Para facilitar o processo, pode-se usar os copos com tampa, também chamados de copos de transição.
Para remover a chupeta, deve-se reduzir o seu uso a cada dia. Comece utilizando-a moderadamente, somente quando a criança estiver adormecendo.

Quando a criança dormir, lentamente, remova a chupeta da boca e guarde-a. Nunca deixe a chupeta em correntes penduradas no pescoço ou ao alcance da criança. É a mãe que deve administrar as horas de uso, e não a criança. Assim, cada dia ela usará a chupeta um pouco menos até reduzir completamente o seu uso, o que deve ocorrer por volta dos 2 anos de idade.


Dr. Caio Racy

Exercícios físicos durante a gravidez.

A prática de exercício físico é recomendada para todas as gestantes, pois há benefícios tanto para a mulher quanto para o bebê. Dentre eles, está a diminuição das complicações obstétricas, maior controle do ganho de peso da mãe, melhora no condicionamento físico, atuação no estado psicológico e social, e diminuição da depressão e do estresse.

Ao escolher o tipo e a intensidade dos exercícios, a gestante deverá ter a liberação do médico e o auxílio de um profissional da área, pois as atividades variam de acordo com o período da gestação. A pessoa que nunca praticou exercícios físicos deve iniciar com atividades de baixo risco, como caminhadas, natação e hidroginástica leve. Já quem está habituada poderá continuar com o programa habitual, apenas deverá modificar a intensidade e velocidade, à medida que a gravidez evoluir.


Dieta, vitaminas e Gestação

Além da prática de exercícios, é importante que nessa fase a mulher se atente também à alimentação, para evitar ganho excessivo de peso. Uma alimentação adequada é muito importante durante a gravidez para o bem-estar materno-fetal. Segundo a especialista, as recomendações nutricionais devem ser adaptadas seguindo as necessidades específicas e variações individuais, como ganho de peso, tamanho do feto, pré-natal de alto risco, entre outros. Deve ser elaborada uma dieta adequada para cada gestante e para o bebê.

Outro ponto a ser considerado é a alteração da presença de vitaminas no organismo. "A concentração plasmática de muitas vitaminas e sais minerais se alteram na gravidez, podendo aumentar ou diminuir no organismo materno. Portanto, é importante o uso de suplementos vitamínicos específicos durante a gravidez", diz a doutora Fabiane Sabbag.
Para quem planeja engravidar, a médica recomenda que a paciente procure um especialista e, com sua indicação, inicie três meses antes o uso de ácido fólico, que previne a má formação do sistema nervoso central do bebê, como anencefalia e espinha bífida.


Fonte: Fabiane Sabbag é médica, ginecologista, formada pela Faculdade de Medicina do ABC. Possui especialização nas áreas de Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia Endoscópica Ginecológica e Reprodução Humana.

Circular

Circular de cordão não deixa o bebê sem ar por estar enrolado no pescoço. Ele não respira dentro da barriga, suas trocas gasosas não estão restritas as vias aéreas superiores. Ele recebe o oxigênio na barriguinha dele, por meio do cordão umbilical. Circulares de cordão SÃO COMUNS em até 40% dos casos no momento do nascimento e, salvo circunstâncias incomuns, não há contra indicação para o parto normal. O problema consiste no fato de o bebê enrolar o cordão demais (e isso pode acontecer EM QUALQUER PARTE DO CORPO DELE!) Há bebês que enrolam o cordão no punho, nos pés, desenrolam dos pés e enrolam no pescoço; desenrolam do pescoço e enrolam nos braços...

O problema na circular de cordão não está NA CIRCULAR em si. O problema está na pressão dessa circular, na força com que o cordão pode estar enrolado. Não há motivo algum para terrorismos do gênero: "Vamos marcar logo a sua cesárea" se tiver uma circular. Cuidados só devem ser tomados se for verificado que a circular está pressionando demais o cordão, pois assim restringe-se também o recebimento de O² e nutrientes para o organismo do bebê. Circulares são extremamente comuns e há bebês que nascem de parto normal com 1, 2 e até 3 circulares de cordão.