quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Liberdade no Parto.

Como é que uma parturiente se comporta quando segue seus instintos e a lógica fisiológica de seu corpo? 
No verdadeiro parto normal, a mulher está literalmente ativa, assumindo e mudando de posições conforme seu corpo pede. Este é o parto mais antigo do mundo, praticado há séculos nas mais variadas culturas.
Espontaneamente, a posição mais adotada na hora da expulsão é uma posição vertical (de cócoras, de quatro etc.). É a posição que mais facilita a descida do bebê e que faz mais sentido do ponto de vista anatômico e fisiológico. 
O uso da água durante o trabalho de parto e parto também ajuda muito, especialmente no alívio da dor. Por isto, em vez de falar em “tipos” de parto (deitada, sentada, de cócoras, na água etc) como se fossem equivalentes e a posição um mero detalhe, preferimos insistir na filosofia por trás do parto humanizado (assim como nós o entendemos). Trata-se do parto onde a mulher é livre para fazer e agir conforme suas necessidades, deixando de ser uma paciente passiva, objeto de conduta médica.
As evidências científicas também apontam para o fato de que o parto ativo (em que a mulher vai se movimentando e assumindo as posições que o corpo pede), é mais seguro, rápido e menos doloroso do que aquele passivo em que a mulher fica deitada a maior parte do tempo....este último é o que conhecemos como sendo parto normal no Brasil!
É importante que se compreenda que as intervenções médicas que associamos ao parto como: episiotomia (corte no períneo), uso do fórceps, anestesia peridural, indução e cesariana, feitas rotineiramente aqui no Brasil, indo contra as recomendações da OMS (por sua vez, baseadas nas mais recentes evidências científicas), são em grande parte necessárias justamente pela falta de mobilidade e liberdade da mulher na hora do parto.







Fonte: Amigas do Parto

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